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20080821

RIR: Diário de uma depilada


-Tenta sim. Vai ficar lindo.
Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render
à depilação na virilha.
Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve.
Mas acho que pentelho não pesa tanto assim.
Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra
coisa.
Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso
aconteceria.
Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma
indústria pornô-ginecológica-estética.

- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.
- Vai depilar o quê?
- Virilha.
- Normal ou cavada?
Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra
fazer, quis fazer direito.
- Cavada mesmo.
- Amanhã, às… Deixa eu ver…13h?
- Ok. Marcado.
Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque
sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar
chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui.
Assim que cheguei, Penélope estava esperando.
Moça alta, mulata, bonitona. Oba, vou ficar que nem ela, legal.
Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado.
Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor.
De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas.
Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas.
Uma mistura de Calígula com O Albergue. – Já senti um frio na barriga ali
mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho:
uma maca, cercada de cortinas.
- Querida, pode deitar.
Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca.
Mas a Penélope mal olhou pra mim.
Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha.
Ali estavam os aparelhos de tortura.
Vi coisas estranhas.
Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça.
Meu Deus, era O Albergue mesmo.
De repente ela vem com um barbante na mão.
Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo,
mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da
calcinha e a amarrou bem forte.
- Quer bem cavada?
- É… é, isso.
Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da
Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.
- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais
ainda.
- Ah, sim, claro.
Claro nada, não entendia por.ra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei.
De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um
líquido viscoso e quente (via pela fumaça).
- Pode abrir as pernas.
- Assim?
- Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga
cada perna pra um lado.
- Ar.reg.anha.da, né?
Ela riu. Que situação.
E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha
Virgem.
Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar.
Foi rápido e fatal.
Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada
havia sobrado na maca.
Não tive coragem de olhar.
Achei que havia sangue jorrando até o teto.
Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de
ligar para o Samu.
Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era
tudo supernatural.Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa.
Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.
- Tudo ótimo. E você?
Ela riu de novo como quem pensa “que garota estranha”.
Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes.
O processo medieval continuou.
A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope.
Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era
tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer.

Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas.
- Quer que tire dos lábios?
- Não, eu quero só virilha, bigode não.
- Não, querida, os lábios dela aqui ó.
Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios ?

Pu.tz, que idéia.
Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.
- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.
Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de
Penélope e dá uma conferida na Abigail.
- Olha, tá ficando linda essa depilação.
- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.
Se tivesse sobrado algum pen.telh.inho , ele teria balançado com a
respiração das duas.
Estavam bem perto dali.
Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo.
“Me leva daqui, Deus, me teletransporta”.
Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.
- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?
- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.
Estava enganada.
Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos
resistentes da pele já dolorida.
E quis matá-la. Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.
- Vamos ficar de lado agora?
- Hein?
- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope.
Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.
- Segura sua bu.nda aqui?
- Hein?
- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.
Tive vontade de chorar.
Eu não podia ver o que Pê via.
Mas ela estava de cara para ele, o olho que nada vê.
Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena?
Nem minha ginecologista.
Quis chorar, gritar, pei.dar na cara dela, como se pudesse envenená-la.
Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido
perguntaria:
- Tudo bem, Pê?
- Sim… sonhei de novo com o c.u de uma cliente.
Mas de repente fui novamente trazida para a realidade.
Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks.
Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação.
Sei que ela deve ver mil

c.us por dia.
Aliás, isso até alivia minha situação.
Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos?
E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá?
Fui impedida de desfiar o questionamento.
Pê puxou a cera.
Achei que a bun.da tivesse ido toda embora.
Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali.
Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais.
Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais,
xin.gam.entos, preces, tudo junto.
- Vira agora do outro lado.
Por.ra.. Por que não arrancou tudo de uma vez?
Virei e segurei novamente a bandinha.
E então, piora. A bro.aca da salinha do lado novamente abre a cortina.
- Penélope empresta um chumaço de algodão?
Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos.
Era dor demais, vergonha demais.
Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem?
Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito.
Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.
- Máquina de quê?!
- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.
- Dói?
- Dói nada.
- Tá, passa essa me.rda…
- Baixa a calcinha, por favor.

Foram dois segundos de choque extremo.
Baixe a calcinha, como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho?
Mas o choque foi substituído por uma total redenção.
Ela viu tudo, da perereca ao c.u.
O que seria baixar a calcinha?
E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.

- Prontinha. Posso passar um talco?
- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.
- Tá linda! Pode namorar muito agora.

Namorar…namorar… eu estava com sede de vingança.
Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso.
Mas doía e incomodava demais. Queria matar minhas amigas.
Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso.
Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada e matar o primeiro homem que ver e não comentar absolutamente nada.!!!

20080722

RIR: Criatividade e Paciência

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20080704

Bill Gates: O que as escolas não ensinam

Aqui estão alguns conselhos que Bill Gates ditou em uma conferência em uma escola secundária sobre 11 coisas que estudantes não aprenderiam na escola.
Ele fala sobre como a "política educacional de vida fácil para as crianças" tem criado uma geração sem conceito da realidade, e como esta política tem levado as pessoas a falharem em suas vidas posteriores à escola.
Muito conciso, todos esperavam que ele fosse fazer um discurso de uma hora ou mais, ele falou por menos de 5 minutos, foi aplaudido por mais de 10 minutos sem parar, agradeceu e foi embora em seu helicóptero a jacto.
Regra 1: A vida não é fácil - acostume-se com isso.

Regra 2: O mundo não está preocupado com a sua auto-estima. O mundo espera que você faça alguma coisa útil por ele ANTES de sentir-se bem com você mesmo.

Regra 3: Você não ganhará 20.000 dólares por mês assim que sair da escola.
Você não será vice-presidente de uma empresa com carro e telefone à disposição antes que você tenha conseguido comprar seu próprio carro e telefone.

Regra 4: Se você acha seu professor rude, espere até ter um Chefe.
Ele não terá pena de você.

Regra 5: Vender jornal velho ou trabalhar durante as férias não está abaixo da sua posição social.
Seus avós têm uma palavra diferente para isso: eles chamam de oportunidade.

Regra 6: Se você fracassar, não é culpa de seus pais.
Então não lamente seus erros, aprenda com eles.

Regra 7: Antes de você nascer, seus pais não eram tão críticos como agora.
Eles só ficaram assim por pagar as suas contas, lavar suas roupas e ouvir você dizer que eles são "ridículos".
Então antes de salvar o planeta para a próxima geração querendo consertar os erros da geração dos seus pais, tente limpar seu próprio quarto.

Regra 8: Sua escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida não é assim.
Em algumas escolas você não repete mais de ano e tem quantas oportunidades quantas necessitar até acertar.
Isto não se parece com absolutamente NADA na vida real.
Se pisar na bola, está despedido, RUA!!!!! Faça certo da primeira vez.

Regra 9: A vida não é dividida em semestres.
Você não terá sempre os verões livres e é pouco provável que outros empregados o ajudem a cumprir suas tarefas no fim de cada período.

Regra 10: Televisão NÃO é vida real.
Na vida real, as pessoas têm que deixar o barzinho ou a boite e ir trabalhar.

Regra 11: Seja legal com os CDFs (aqueles estudantes que os demais julgam que são uns babacas).
Existe uma grande probabilidade de você vir a trabalhar PARA um deles.
Bill Gates surprises students as stand in professor (Oct. 12, 2005)

Bill Gates (Recebi por email)

20060925

UTIL: Argumentos contra as Touradas

Argumentos contra as Touradas, uma cultura de tortura e sofrimento
Dificilmente se muda a opinião de alguém que concorda com Touradas.
Isso é normalmente adquirido pela educação, e a razão pouco costuma conseguir influenciar.

No entanto, ficam expostas algumas respostas aos argumentos mais vulgares de quem se esforça por tentar justificar uma prática sem justificação.

1- As Touradas são uma tradição antiga e por isso devem ser defendidas e perpetuadas.
As touradas são de facto uma tradição (importada de Espanha). Mas isso por si só não deve justicar que se pratiquem. As tradições normalmente têm origem em tempos antigos, em que as sociedades, mentalidades e modos de vida eram bastante diferentes dos actuais. Com o tempo, o Homem e as suas comunidades tendem a aperfeiçoar e desenvolver a sua forma de viver epensar. Chama-se a isso evolução. É por essa razão que já não tomamos banho com baldes de àgua aquecida numa fogueira, é por essa razão que a escravatura, que tanto agradava a algumas pessoas, foi abolida e é também por essa razão que já não acreditamos que basta dançar ou sacrificar um animal para fazer chover.As tradições, por muito bonitas que sejam, só fazem sentido quando são compatíveis com as formas de pensar e os conceitos vigentes. Como hoje em dia, o respeito pelo sofrimento dos animais começa a fazer parte da forma de pensar de muita gente, as Touradas deveriam ser postas em causa, ou repensadas, colocando na arena, por exemplo, o Toureiro nu em frente aoTouro (sempre era mais masculino do que com aqueles fatos). E cada um que se desenrascasse. Isso era espectáculo!

2- Se não fossem as Touradas e os seus adeptos, a raça dos Touros Bravos já estava extinta.Isto é evidentemente falso. Os Pandas e outros animais que correram risco de extinção nunca serviram para as Touradas e continuam a existir. Felizmente existem no nosso país reservas e espaços destinados a quedeterminadas raças subsistam caso os seus habitats naturais não opermitam. De qualquer forma com certeza de que os aficcionados que tantodizem amar os Touros se esforçariam para que estes sobrevivessem mesmo quenão servissem para nada.Independentemente de tudo isto, o mais importante é deixar claro queperpetuar uma espécie de animais apenas para que estes possam ser usadosem espectáculos que se baseiam no seu sofrimento não é um acto nobre nemlouvável. E muito menos favorável ao próprio animal. Se é pra isso, que seextingam!

3- Quem não gosta ou não concorda, não veja.
Felizmente na nossa sociedade, as coisas não são assim. Se toda a gentefechasse os olhos às injustiças que se passam à sua volta o mundo seriacertamente bastante diferente.É evidente que quando sabemos que se passa algo com que não concordamos, oremédio não é olhar para outro lado. Isso já muita gente faz em relação ademasiadas coisas.Este argumento é tão despropositado que torna-se quase ridículocombatê-lo. No entanto pode dizer-se o seguinte:Quem se insurge contra as touradas não o faz por prazer nem proveitopróprio. Esse esforço deve, por isso, ser respeitado por quem consegueassistir ao espectáculo sem a mínima misericórdia e reflexão pelo que láse passa.

4- Quem é contra as Touradas devia preocupar-se com outras coisas que também são feitas, nomeadamente o abandono de cães.
O Ser Humano tem a capacidade de se preocupar com várias coisas ao mesmotempo. É uma espécie de dom.O facto de se ser contra as Touradas não invalida que a pessoa não sepreocupe com muitas outras coisas que se fazem a outros animais. Não é porhaver uma guerra no Iraque que não nos podemos preocupar com os assaltosou com a inflação.Há sempre coisas mais e menos graves, mas temos evidentemente o direito denos preocupar com todas.Certamente que quem critica as touradas insurge-se também contra oabandono de cães, lutas organizadas de animais e muitos outros assuntos.5- Quem diz que é contra as touradas é hipócrita porque muitas vezes maltrata os cães e outros animais.
Esta é uma afirmação que não se baseia em nada (nem em lógica nem em senso comum) a não ser na experiência pessoal que eventualmente alguém terá. Pessoas e argumentos hipócritas haverá sempre, e não é por isso que se pode generalizar e tomar a parte pelo todo.
Ao contrário daquela afirmação, o razoável é supor que quem é contra as touradas preza os sentimentos dos animais de uma forma profunda e geral. E é normalmente isso que se verifica.

6- O touro praticamente não sofre com o que lhe é feito na arena.
É de facto difícil afirmar o que é que um Touro sente numa tourada. No entanto, os
estudos científicos feitos até agora apontam no sentido de que as agressões sofridas antes e durante as corridas sejam não só dolorosas mas incapacitantes. O touro fica com nervos e músculos rasgados, e a quantidade de sangue que perde continuamente enfraquece-o. Não parece ser sensato pensar que isto pode ser agradável para o Touro, ou mesmo indiferente. O touro, tal como os outros mamíferos, ao ter sistema nervoso central tem capacidade para sentir dor, ansiedade, medo e sofrimento. E os sinais exteriores que mostra na arena denunciam essas emoções. Não é portanto razoável aceitar a ideia de que os Touros sofrem pouco numa tourada.

7- Os Touros nascem para serem lidados. São animais agressivos por natureza.
Uma coisa é o instinto de sobrevivência e auto-defesa de um animal, outraé o seu temperamento e personalidade. Embora o cortex cerebral de um Touroseja bastante mais básico do que o Humano (o que faz com que a suapersonalidade seja igualmente menos complexa), cada animal tem o seupróprio temperamento, fruto, como no Homem, de factores genéticosassociados a experiências vividas. O que todos têm em comum dentro daespécie é a sua técnica de defesa, que utilizam sempre que se sentem emperigo. Isto não deve ser confundido com a chamada "natureza" do animal.Com certeza que um Touro saudável deixado em paz no campo não anda aatacar tudo o que se mexe.

8- Se quem gosta, respeita a opinião de quem não gosta, porque é que quem é contra não respeita a opinião contrária?
Toda a gente respeita as opiniões de todos e na realidade a opinião de quem é favorável às touradas também deve ser respeitada. A sua prática é que não. É fácil entender isto se pensarmos que Hitler era da opinião de que todos os Judeus deviam ser exterminados. Mesmo que alguém tenha o direito a ter opiniões bizarra sobre qualquer assunto a sua colocação em prática não tem que ser respeitada nem tolerada se isso for ilegítimo. Se a prática de Touradas choca contra princípios considerados importantes por quem se lhes opõe, esta não tem que ser admitida.

9- A arte de tourear é tão bonita que seria uma pena perdê-la.
A "arte" de tourear pode de facto ser considerada bonita e ter grandemérito artístico e principalmente técnico. Mas perde toda a legitimidadequando necessita de fazer sofrer física e psicológicamente animais paraser executada. Tal sofrimento não se pode exigir a um animal que não temnada a ver com o assunto. É injusto, prepotente e cobarde fazê-lo. Estaarte é bonita, mas injusta e cobarde e nenhuma arte pode ter mérito assim.Nesse aspecto penso que todos concordarão. É uma arte desonrosa, parautilizar a linha de valores da tauromaquia.A arte de lutar até à morte dos gladiadores era considerada bastante maishonrosa e bonita por quem assistia. Mesmo essa acabou. Será também umapena?

10- As Touradas enaltecem a nobreza do Touro.
Só uma mente muito ignorante ou distorcida pode realmente acreditar que osTouros quando vão para uma arena cumprem um qualquer desígnio divino.A justificação de que o Touro é nobre por lutar pela vida numa tourada vemde quem alimenta o seu negócio e enriquece à custa deste espectáculoperverso mas rentável.A nobreza é um conceito inventado pelo homem. Na natureza todos os animaissão iguais e todos lutam pela sobrevivência. Ninguém duvida de que oHomem, numa luta com as suas armas e condições consegue ser superior aqualquer outro animal. Tentar provar isso numa luta desigual não é nobre,é estúpido.

Recebi por e-mail Obrigada Hugo