Loja da Pixmania no Saldanha Residence chega a ter 150 pessoas na fila para levantar presentes. É o problema de deixar tudo para a última hora
Há mais de uma semana que o cenário é sempre o mesmo na loja da Pixmania, no centro comercial Saldanha Residence, em Lisboa: centenas de pessoas de senha na mão à espera de levantar as encomendas feitas na internet. Quem passa por ali todos os dias já se habituou, e as lojas à volta até agradecem a azáfama.
No entanto, os clientes do site de internet não estão a achar graça nenhuma à situação. Apesar de ser mais barato levantar na loja, a média de espera é de três horas, quando a compra demorou escassos minutos e era suposto proporcionar uma época de compras natalícias descansada.
A experiência tem sido retratada de forma muito crítica em redes sociais, especialmente no Twitter: "Natal = ir à loja da Pixmania. Tirar senha. Ir almoçar. Voltar à Pixmania. Ir à livraria. Ler livro em frente à Pixmania. Levantar encomenda", escrevia ontem um utilizador irritado. "Nunca, mas NUNCA levantem equipamento no showroom da Pixmania", escreveu outro na semana passada.
O problema, garante Rui David Alves, director de negócio para o Sul da Europa da Pixmania, é que "o mercado português tem por hábito efectuar as suas compras de Natal muito próximas da data festiva". Além disso, a empresa investiu muito em publicidade e esse reforço "impulsionou esta procura", motivada também pelos preços mais baixos em várias categorias da electrónica de consumo. Nalguns equipamentos, como câmaras fotográficas, os preços chegam a ser 100 euros mais em conta.
Ainda assim, Rui David Alves garante que a empresa fez "algumas mudanças na loja, de forma a proporcionar mais condições e para agilizar as entregas diárias", mas sublinha que foi aberta mais uma loja no Porto e isso fez "com que o volume de negócio aumentasse e consequentemente a procura dos clientes".
Curiosamente esta não é uma questão apenas nacional. O mesmo tipo de filas e atrasos tem sido verificado em Espanha, Itália e até na França, onde a marca está sedeada. Por outro lado, vários clientes da Pixmania têm vindo a queixar-se de problemas com a devolução de encomendas, retenção indevida de pagamentos, atrasos nas entregas de correio e até inconformidades nos produtos - uma consumidora portuguesa queixou--se de lhe ter sido vendida uma consola Wii com ficha de tomada inglesa. Rui David Alves responde que a devolução é um processo "bastante complexo", já que o produto devolvido tem de ser validado em França. Só em Dezembro, a Pixmania processo quase meio milhão de encomendas em 27 países.
Comprar na net, tirar uma senha e esperar três horas para levantar
ResponderEliminarpor Ana Rita Guerra, Publicado em 24 de Dezembro de 2009 | Actualizado há 5 horas
http://www.ionline.pt/conteudo/39096-comprar-na-net-tirar-uma-senha-e-esperar-tres-horas-levantar
Loja da Pixmania no Saldanha Residence chega a ter 150 pessoas na fila para levantar presentes. É o problema de deixar tudo para a última hora
Há mais de uma semana que o cenário é sempre o mesmo na loja da Pixmania, no centro comercial Saldanha Residence, em Lisboa: centenas de pessoas de senha na mão à espera de levantar as encomendas feitas na internet. Quem passa por ali todos os dias já se habituou, e as lojas à volta até agradecem a azáfama.
No entanto, os clientes do site de internet não estão a achar graça nenhuma à situação. Apesar de ser mais barato levantar na loja, a média de espera é de três horas, quando a compra demorou escassos minutos e era suposto proporcionar uma época de compras natalícias descansada.
A experiência tem sido retratada de forma muito crítica em redes sociais, especialmente no Twitter: "Natal = ir à loja da Pixmania. Tirar senha. Ir almoçar. Voltar à Pixmania. Ir à livraria. Ler livro em frente à Pixmania. Levantar encomenda", escrevia ontem um utilizador irritado. "Nunca, mas NUNCA levantem equipamento no showroom da Pixmania", escreveu outro na semana passada.
O problema, garante Rui David Alves, director de negócio para o Sul da Europa da Pixmania, é que "o mercado português tem por hábito efectuar as suas compras de Natal muito próximas da data festiva". Além disso, a empresa investiu muito em publicidade e esse reforço "impulsionou esta procura", motivada também pelos preços mais baixos em várias categorias da electrónica de consumo. Nalguns equipamentos, como câmaras fotográficas, os preços chegam a ser 100 euros mais em conta.
Ainda assim, Rui David Alves garante que a empresa fez "algumas mudanças na loja, de forma a proporcionar mais condições e para agilizar as entregas diárias", mas sublinha que foi aberta mais uma loja no Porto e isso fez "com que o volume de negócio aumentasse e consequentemente a procura dos clientes".
Curiosamente esta não é uma questão apenas nacional. O mesmo tipo de filas e atrasos tem sido verificado em Espanha, Itália e até na França, onde a marca está sedeada. Por outro lado, vários clientes da Pixmania têm vindo a queixar-se de problemas com a devolução de encomendas, retenção indevida de pagamentos, atrasos nas entregas de correio e até inconformidades nos produtos - uma consumidora portuguesa queixou--se de lhe ter sido vendida uma consola Wii com ficha de tomada inglesa. Rui David Alves responde que a devolução é um processo "bastante complexo", já que o produto devolvido tem de ser validado em França. Só em Dezembro, a Pixmania processo quase meio milhão de encomendas em 27 países.