2007-05-16 Aluno de Medicina ferido nos testículos na Praxe da universidade Coimbra
"Um caloiro de Medicina de Coimbra foi ferido no escroto – bolsa que envolve os testículos – durante o julgamento da praxe da Universidade de Coimbra, quando vários doutores decidiram rapar-lhe os pêlos púbicos. O aluno do 1.º ano, de 19 anos, teve de receber assistência hospitalar e já apresentou queixa ao Conselho de Veteranos da universidade."
"Até agora desconhece-se se o ferimento foi causado por o caloiro ter oferecido resistência à praxe ou por qualquer outra razão propositada ou acidental. "
Helloooo???
É normal alguém mexer nas partes intimas de outra pessoa???
Não acho normal.
Acho aviltante mexerem nas partes baixas de alguém.
Não me interessam se são Praxes ou não.
Acho que é notório que este caso ultrapassou os limites do razoável e até direitos individuais básicos.
Direito - Português
Artigo 25.º (Direito à integridade pessoal)
1. A integridade moral e física das pessoas é inviolável.
2. Ninguém pode ser submetido a tortura, nem a tratos ou penas cruéis, degradantes ou desumanos.
GLOSSÁRIO: Aviltante -> desonroso -> degradante.
Direitos Fundamentais - Wikipédia
"Um caloiro de Medicina de Coimbra foi ferido no escroto – bolsa que envolve os testículos – durante o julgamento da praxe da Universidade de Coimbra, quando vários doutores decidiram rapar-lhe os pêlos púbicos. O aluno do 1.º ano, de 19 anos, teve de receber assistência hospitalar e já apresentou queixa ao Conselho de Veteranos da universidade."
"Até agora desconhece-se se o ferimento foi causado por o caloiro ter oferecido resistência à praxe ou por qualquer outra razão propositada ou acidental. "
Helloooo???
É normal alguém mexer nas partes intimas de outra pessoa???
Não acho normal.
Acho aviltante mexerem nas partes baixas de alguém.
Não me interessam se são Praxes ou não.
Acho que é notório que este caso ultrapassou os limites do razoável e até direitos individuais básicos.
Direito - Português
Artigo 25.º (Direito à integridade pessoal)
1. A integridade moral e física das pessoas é inviolável.
2. Ninguém pode ser submetido a tortura, nem a tratos ou penas cruéis, degradantes ou desumanos.
GLOSSÁRIO: Aviltante -> desonroso -> degradante.
Direitos Fundamentais - Wikipédia
Hoje em dia dificilmente se distingue o normal do anormal, do razoável e absurdo
ResponderEliminarSeja ou não praxe, revela o ponto da estupidez destes bando quando em conjunto pior que carneiros
C VALENTE
Se lhe chegaram ás partes baixas é porque não deve ter oferecido resistencia. Acho. A estupidez abunda. Aperece tipo papoila. Aos molhos...
ResponderEliminarAs praxes reflectem os estado da sociedade... também fui praxado quando entrei na faculdade, só que nessa altura não se ouviam falar de cenas destas... Enfim...
ResponderEliminarEstupidez.
ResponderEliminarComeçou por ser mais um caso público de praxe violenta. No dia seguinte passou a dois. No primeiro caso, um jovem estudante viu-se "imobilizado por colegas mais velhos e alguns começaram a rapar-lhe os pêlos púbicos com uma lâmina de barbear" do que "resultou o rompimento de parte do escroto do caloiro", segundo conta um jornal diário. O outro "para além de unhas negras, resultantes de apanhar com uma colher de pau" sofreu cortes no couro cabeludo com uma tesoura enquanto lhe cortavam o cabelo, segundo outro jornal diário regional. Um apresentou queixa ao Conselho de Veteranos (CV), o outro, junto das autoridades policiais.
ResponderEliminarJosé Luís Jesus, dotado do "nobre título" dux veteranorum da Universidade de Coimbra, garante-nos que os agressores "estão devidamente identificados"; que ainda "esta semana serão feitas todas as averiguações"; e que caso tenha havido abusos "o CV vai até às últimas consequências". Além de se fazer passar por uma autoridade para tratar o que as leis normais, iguais para toda a gente, deveriam resolver, este estudante acrescentou ainda, em declarações mais recentes: "já sabemos que é tudo mentira! Se o estudante tem um rompimento no escroto, foi porque fez outra coisa qualquer!" Parece incrível, mas é verdade: as "leis" da praxe são feitas para proteger e fomentar a barbaridade e não precisam de grandes averiguações para "julgar" e tomar as suas "decisões".
Surge então uma pergunta: Que entidade é esta, o "CV", e as pessoas que o constituem, os "duces", que se auto reveste do poder de identificar, averiguar, julgar e condenar situações nas quais não esteve directamente envolvida? O Estado reconhece-lhe esse direito?
É inaceitável que se pense que as pessoas que praticam as praxes podem ser as mesmas a fiscalizar os actos por si praticados, e ainda para mais consideradas idóneas. Como se pertencessem a uma instituição à parte, numa proposta de mundo à parte – a Universidade. É exactamente essa proposta de Universidade-fortaleza, fechada ao mundo, que recusamos.
A sociedade vai perdendo a ilusão de que as praxes não passam de um conjunto de brincadeiras menores e que até é normal que tenham instituições próprias que a regulem. Mas se por algum motivo não tivessem acontecido cortes no escroto ou no couro cabeludo, nódoas negras e hematomas, estes casos teriam sido notícia? O CV consideraria aquela praxe admissível?
O Conselho de Veteranos talvez responda sim a esta pergunta alegando, em defesa dos agressores, que o aluno aceitou ser praxado. E novas questões se colocam: em que condições aceitou ser praxado? Foi de livre e espontânea vontade que avançou para a praxe, com o conhecimento prévio do que lhe poderia acontecer? Não foi persuadido sob nenhuma forma, física ou psicológica (e o motivo da integração adapta-se perfeitamente a este tipo de persuasão) para se submeter à vontade dos praxantes?
Infelizmente, sabemos que a coragem de não aceitar e denunciar estas violências é quase sempre "premiada" com o abandono e a hostilização das vítimas e a cumplicidade com os agressores: o passado recente mostra-nos que os responsáveis pelas escolas e pelo ministério são os primeiros a contribuir para o clima do medo e da impunidade.
O Movimento Anti "Tradição Académica" não aceita esses poderes obscuros e sem qualquer legitimidade e considera que estes casos não são acontecimentos isolados mas que acontecem devido à própria natureza da praxe. Condenamos as violências inerentes às praxes quer se tornem em casos públicos ou não. Apelamos aos estudantes que rejeitem qualquer forma de praxe, bem como todas as imposições e os poderes absurdos de estudantes sobre estudantes disfarçadas de brincadeiras e "tradição". A lei da praxe não vale nada, nem pode sobrepor-se às leis do país e ao convívio entre estudantes sem imposições, sem chefes e sem violências.
Por último, mantemos a expectativa de que o Sr. Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Prof. Mariano Gago, mantenha o perfil de indignação que já demonstrou relativamente a situações semelhantes, esperando ainda pelo momento em que verdadeiramente coloque na agenda a reflexão e acção sobre este tema. Para ele, como para toda a comunidade escolar e sociedade em geral, desistir e abreviar responsabilidades seria uma atitude inaceitável. E speremos que, à semelhança do que aconteceu noutros casos como o de Ana Sofia Damião, não seja a própria instituição escolar a querer ocultar o que se passou para manter o bom nome da casa.
--
M.A.T.A. - movimento anti "tradição académica"
Obrigada pelo grande comentário Anónimo M.A.T.A
ResponderEliminarTambém faço votos de um mundo sem violência.
Praxes é a tradição mas humilhação vai contra a educação... devia dar direito a expulsão!!
ResponderEliminarConcordo Bullfrog
ResponderEliminar2007-12-01
ResponderEliminarCoimbra: Ferido em praxe operado ontem
Estudante corre risco de paralisia
http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=268016&idselect=10&idCanal=10&p=200